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Storytelling: Qual é a história da sua empresa?

Storytelling

Na disciplina do branding – criação de marca – existe todo um destaque para o tópico Storytelling. Essa dinâmica não cria uma história falsa, porém organiza de maneira narrativa a trajetória de uma empresa. É sobre isso que vamos falar no blog da paulista hoje.

Você já ouviu falar em Storytelling? Se não sabe é só dividir a palavra em duas e traduzi-las para o Português: Story é História, Telling significar contar. Logo, Storytelling significa nada mais do que Contar Histórias.

Você lembra quando falamos sobre como fechar a primeira venda? Lembra quando pensamos em vendedores indianos e suas técnicas primitivas, porém extremamente efetivas? Esse vendedor é facilmente reconhecido como um contador de história.

Ele pega o tapete e lhe conta toda a história daquele tapete, em como aquele tecido é difícil de encontrar, em como o ponto usado para fabricá-lo tem uma história tradicional antiga que foi ensinada de pai para a filho a mais de mil anos. Com toda essa história… você vai se questionar “Eu acho que vale a pena…”.

É isso que você precisa fazer! Você precisa contar histórias. O mais legal é que você não precisa mentir. Você só precisa organizar as informações. E como você faz isso? Jogue em uma estrutura em três atos!

Estrutura narrativa de três atos funciona mais ou menos assim: Você tem um personagem vivendo uma vida comum. Nada de diferente acontece com ele. Esse é o primeiro ato.

Temos então uma grande virada na vida desse personagem, jogando ele em uma grande aventura: o Segundo Ato. Esse ato é o mais longo. Dura metade da história completa.

Mas então… temos uma nova grande mudança, colocando esse personagem em um terceiro ato, ainda mais emocionante, para fechar a história.

Ao longo da narrativa, esse personagem principal é um herói e enfrenta uma série de sombras, que são as adversidades. Os outros dois personagens importantes são o mestre e o arauto.

O mestre é uma figura de sabedoria, que prepara o herói ao combate. O Arauto é a figura que vai puxar o herói para dentro do Storytelling.

Achou confuso? Vamos passar ponto a ponto pensando em um exemplo prático.

Digamos que você está a dez anos no ramo gráfico. Volte 14 anos na sua trajetória. O que você estava fazendo antes de iniciar a sua jornada? Digamos que você estivesse trabalhando em uma loja de brinquedos. Completamente sem perspectiva de algo novo em sua vida profissional. Isso é o primeiro ato da sua história.

Mas ai vem o primeiro ponto de virada. Você vai ter um filho e decide que precisa mudar de vida. O seu filho, dessa maneira, se torna o arauto da história.

Pois bem, você coloca na cabeça que precisa mudar de vida. Você está andando por um parque, encontra com um grande amigo e ele te entrega um cartão de visita, você olha para esse cartão de visita e pensa “Que cartão mais mal desenhado. Eu faria um muito melhor”.

Você tem um insight: Eu poderia trabalhar com design gráfico, eu sou bom em desenhar. Você se matricula em uma faculdade, e começa a estudar e praticar desenho. Na faculdade você conhece um professor que gosta bastante do seu desenho, e passa várias dicas que você vai levar para a vida toda. Pronto, você tem um mestre.

Você se forma, começa com uma clientela, o seu filho está crescendo. Aqui estamos no meio do segundo ato. Aqui você vai colocar todas as histórias que você passou nesse mercado, sempre focando os problemas que teve e como enfrentou de cabeça erguida.

Mas você precisa de um novo ponto de virada, para esse história não fica maçante. Você precisa encontrar algo que obrigou você a fazer uma grande virada na sua vida.

De repente, a chegada do marketing digital fez com que vocês perdesse muitos clientes. E você não queria ir para o mercado digital, por que você gostava do mercado gráfico. Era isso que te fazia feliz. Então você precisou procurar uma nova linha de trabalho, que não tivesse caído tanto na parte gráfica.

No seu caso, como você não está escrevendo um roteiro de cinema e sim realizando uma venda, você precisa terminar essa história se direcionando para o seu cliente.

A história precisa ser uma bala de revolver, que atravesse em linha reta, do segundo ponto de virada até a compra que você ta realizando.

Algo que você não pode se esquecer são as sombras da história: as adversidades. Coincidências que atrapalham o herói são bem vindas. Coincidências que ajudam o herói enfraquecem a sua história.

Então… se na sua história acaso juntou uma série de fatores que atrapalham o rumo da sua empresa, porém você consegue passar por cima disso tudo, a sua história vai funcionar.

Agora se essa série de fatores que se juntam aleatoriamente elevam a sua empresa, vai parecer que você deu sorte. Que não deveria estar onde está, entende?

Esse Storytelling todo você não vai contar toda vez que sentar com um cliente, lógico. Você precisa ter ele bem escrita, bem fresco na mente, para quando for preciso trazer uma parte específica da história você conseguir contar só ela, sem que a narrativa perca nexo e força.

E lembre-se: Nunca minta. Hoje com a internet, toda mentira contada é eventualmente descoberta. Pega mal. Confia na sua história verdadeira. Ela pode vender muito.

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